O que a perda auditiva tem haver com o desenvolvimento de demências como Alzheimer em idosos? À primeira vista, essa relação pode não ser óbvia, afinal, como os ouvidos podem interferir no cérebro, não é mesmo? Mas a verdade é que a perda auditiva pode, sim, aumentar as chances de Alzheimer na terceira idade.
Fevereiro é o mês da campanha ‘Fevereiro Roxo’ que fala sobre lúpus, Fibromialgia e Alzheimer. Por isso, se você quer saber tudo sobre como a perda auditiva pode levar ao desenvolvimento dessa demência, é só seguir a leitura das próximas linhas.
O Estudo Longitudinal do Envelhecimento apontou que pessoas com mais de 60 anos e com perda auditiva severa têm cinco vezes mais chances de desenvolver demência. Já a pesquisa da Universidade Jhons Hopkins, nos Estados Unidos, revelou que a cada dez decibéis perdidos na audição, o risco de doenças cerebrais aumenta em 27%. Mas por quê?
Por exemplo, imagine que você pare de usar cada vez mais sua mão direita. Chegará um tempo em que ela atrofiará, já que os músculos e nervos da área não recebem mais estímulos. Esse exemplo pode ilustrar uma das causas do surgimento de demências, quando o cérebro deixa de ser estimulado e vai ‘enferrujando’.
O mesmo estudo da Jhons Hopkins constatou que a perda auditiva não tratada tende a levar os idosos ao isolamento social. Assim, outras demências podem aparecer, como a depressão.
O diagnóstico precoce da perda auditiva é um fator decisivo para prevenir o surgimento de doenças mentais. A revista científica The Lancet definiu a perda auditiva como uma causa de demências que pode ser evitada.
Não é atoa que na mesma pesquisa citada aqui, a Universidade Jhons Hopkins sugeriu o uso de aparelhos auditivos como um tratamento eficaz e que traz melhorias para a vida do paciente.
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